.comment-link {margin-left:.6em;}

Casa Comum das Tertúlias

Blog da CCT. Espaço de intervenção e de reflexão. Aqui a Cultura e a Democracia são as prioridades. Participem.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

"Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica" - livro de Luís Norberto Lourenço apresentado em Algés


Cartaz da Tertúlia de apresentação do livro "Manifestos contra o medo: antologia de uma intervenção cívica", de Luís Norberto Lourenço, com prefácio de Luís Raposo, edição da Casa Comum das Tertúlias (Castelo Branco, Novembro de 2011).
Depois da primeira apresentação em Castelo Branco, esta segunda, a 10 de Março, pelas 18h, agora na Área Metropolitana de Lisboa, na Biblioteca Municipal de Algés (Oeiras), será também a primeria iniciativa tertuliana em Algés.
O livro será apresentado pelo autor do prefácio o Dr. Luís Raposo, arqueólogo, especialista em Pré-História Antiga (Paleolítico), Presidente da Direcção da Comissão Nacional Portuguesa do ICOM e Director do Museu Nacional de Arqueologia.
Organização do evento:
Casa Comum das Tertúlias

Apoio ao evento:
Biblioteca Municipal de Algés.

Sobre o livro, ler aqui e aqui.

Etiquetas: , , , , ,

domingo, fevereiro 05, 2012

Texto sobre apresentação de um livro em ambiente de tertúlia*

O jornalista, meu amigo e habitual tertuliano da Casa Comum das Tertúlias, Dr. Jorge Manuel Costa, partilhou no seu mural do Facebook o texto que se segue ilustrado com fotografia também da sua autoria, pedi-lhe para o reproduzir num dos blogues da Casa Comum das Tertúlias, o que agora faço:


Em ambiente semelhante às tertúlias que o próprio durante anos promoveu em Castelo Branco (fui orador em algumas delas), assim decorreu a apresentação pública de "Manifestos Contra o Medo", antologia de uma intervenção cívica que reúne grande parte dos artigos escritos e publicados na imprensa local e na blogosfera por Luís Norberto Lourenço (LNL).

Louvando a frontalidade e verticalidade do pensamento do cidadão albicastrense, assumido socialista, republicano, democrata e laico, bem como a ousadia deste em defender valores que "parecem fora de moda", Luís Raposo, director do Museu Nacional de Arqueologia e autor do prefácio, lembrou que "o medo de não se poder dizer o que se pensa é a maior das doenças. E quando não se tem independência, não se é livre".

Na mesma linha, António Borges, da Universidade Fernando Pessoa, defendeu a importância de agir "contra o medo da palavra que castra a razão e a vontade". Destacando o modelo participativo de LNL (a que Lopes Marcelo, entre a assistência, chamaria de "cidadania de proximidade"), o docente defende que o livro do também professor "não é apenas uma expressão individual", mas o exemplo "de alguém que se preocupa com a comunidade". E ainda que "a cidade só se faça com a expressão livre de cada um de nós", admite que "pensar desta maneira é hoje um acto de coragem".

Já o historiador Pedro Salvado destacou a "atitude cultural crítica" de LNL, o combate permanente deste ao medo e à opacidade através das "narrativas dos paradoxos das duras realidades", e a sua capacidade em apontar caminhos, ainda que por vezes em discórdia com militâncias. "Para o Luís há sempre outra possibilidade entre o labirinto e a noite. Castelo Branco é o seu amor e o seu ódio." E reforçou a importância de intervir publicamente e de viva voz, "quando a discordância é assumida como falta de etiqueta" e "pensar e criticar é uma solidão". Contudo, como "a crítica é a expressão viva da dúvida, um perigo", toda a ambição de mudança tem os seus custos. "O preço da liberdade será a eterna vigilância."


Nota editorial:
Título e links da minha responsabilidade.

Etiquetas: , , , , , , ,